Os projetos de usinas nucleares fazem parte da ampliação da matriz energética brasileira. O governo propõe a construção de usinas na região do semi-árido às margens do Rio São Francisco. Uma delas na região de Xingó na região do Baixo, com o pretexto de geração de emprego e crescimento econômico.
É preciso compreender melhor os riscos desta energia nuclear. É importante compreender como funciona a formação da energia nuclear: a rocha de urânio é um minério que extraído possuem componentes atômicos (prótons, elétrons e neutros) esses três componentes juntos possuem uma harmonia. Mas, para fazer a energia nuclear esses elementos são moídos, purificados e submetidos à reação química, ocorrendo uma desagregação dos elementos atômicos. Junto a esses três elementos são colocados outros elementos como o césio, por exemplo, que gera um calor, chamado de energia térmica. Esse calor, que é um combustível, vai para um reator que transforma a energia nuclear em energia térmica. Para tanto, esses reatores precisam de um fluxo de água intensa para fazer a refrigeração. A partir daí, ocorre o mesmo processo da usina hidrelétrica. O calor vaporiza a água e move a pá da turbina que acaba gerando a energia elétrica. Após três anos, 75% do urânio desaparecem e são substituídos pelos componentes que o destruíram gerando outro elemento químico altamente radiativo. A água que foi usada para resfriar os reatores volta aquecida ao rio e isso causará grandes impactos ao ecossistema.
Por ser uma energia cara, suja e perigosa, as termos nucleares, podem trazer risco e grandes catástrofes, com graves liberações de radioatividade. Desastres podem ocorrer, a exemplo de Chernobyl em 1996 causando milhares de mortes.
Os rejeitos nucleares é material contaminado de radioatividade. O lixo pode irradiar o que tiver ao seu redor. São de extrema gravidade para a saúde humana, animal e vegetal. A população que vive numa zona de usina nuclear está exposta a pequenas doses de radiação que provocam câncer, tumores, mutações, etc.
É em nome desse desenvolvimento gerando mais riquezas para as indústrias de energia elétrica, que o governo impõe esse tipo de projeto para o São Francisco, priorizando os aspectos econômicos do mercado de energia, em detrimento da segurança humana e do meio ambiente.
Conclusões da Reunião do Baixo São Francisco em 04 de Março de 2007. Piranhas/AL