quarta-feira, junho 17, 2009

TRF SUSPENDE LIMINAR QUE BARRAVA AÇÕES DE MINERAÇÃO NA REGIÃO DE PARACATU-MG.

O TRF suspendeu a liminar do MPF na Justiça Federal, que impedia atransnacional canadense RPM/Kinross de entrar com pedido de licença deinstalação de uma gigantesca barragem de terra para armazenar 1,2bilhão de toneladas de rejeitos tóxicos de mineração de ouro na caixad'água de Paracatu, o Vale do Machadinho, do Sistema Serra da Anta deabastecimento público da cidade.O Promotor Mauro Ellovitch, que atua na Promotoria de Defesa do SãoFrancisco em Paracatu, informa: "Como a RPM havia obtido liminar emmandado de segurança na Justiça Estadual (e suspendido a liminar do MPEstadual), nada impede, no momento, a colocação do procedimento da RPMem pauta para votação no COPAM. Minha última esperança é o AgravoRegimental que o nosso Procurador de Justiça interpôs contra a decisãodo TJ de Minas no mandado de segurança.
É MUITO IMPORTANTE fazer chegar à Procuradoria emBelo Horizonte um APELO FORTE para que seja evitada a MAIOR CATÁSTROFEAMBIENTAL POR CONTAMINAÇÃO NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO. Atransnacional Kinross é empresa criminosa e inescrupulosa, como ficoufartamente demonstrado em várias investigações conduzida pela ONU eoutros órgãos e pessoas, cujos resultados estão parcialmentepublicados no blog ww.alertaparacatu.blogspot.com, em vários jornaisde Paracatu, além do jornal Estado de Minas, da Folha Online, dodocumentário "Ouro de Sangue" e até de um programa da ESPN Brasil quefoi ao ar semana passada.Os rejeitos de mineração que a RPM/Kinross quer despejar no Vale doMachadinho, COM O ESCANDALOSO E ABUSIVO APOIO DO GOVERNO DO ESTADO DEMINAS GERAIS, incluirão 1 MILHÃO DE TONELADAS DE ARSÊNIO, além deoutras substâncias tóxicas, como ácido sulfúrico, bário e chumbo.Se esse material for depositado no Vale do Machadinho, contaminaráirreversivelmente o aquífero da Serra da Anta, que faz parte da baciado Rio Paracatu, o tributário mais importante do Rio São Francisco. Aquantidade de arsênio que será liberada pela mineradora é venenosuficiente para matar 300 vezes toda a população atual do planetaTerra. Esse genocídio não acontece de forma aguda, porque a liberaçãodo arsênio é lenta, insidiosa. As mortes se verificam em decorrênciada exposição a longo prazo, como acontece em Bangladesh e BengalaOcidental, que são um modelo mundial do que a intoxicação crônica peloarsênio na água é capaz de provocar: UMA CATÁSTROFE AMBIENTAL DE AMPLAS PROPORÇÕES.