quinta-feira, abril 03, 2008

Dia da mentira do governo e da verdade do povo em outras partes do País

Nesse dia primeiro de abril o governo Lula ganha o título de mentiroso nacional
Pontes fechadas, acampamento e ocupação, paralisações de trabalhadores, panfletagem em diversas cidades, dentro e fora da Bacia do rio São Francisco. Essas são algumas das mobilizações que aconteceram durante a manhã de hoje (01) e que continuam durante a tarde, como parte das mobilizações do dia primeiro de abril, também chamado de “Dia da Mentira do Governo e da Verdade do Povo”.

As manifestações possuem como eixo central as mentiras divulgadas pelo governo Lula sobre o projeto de transposição de águas do rio São Francisco. Todavia estão sendo utilizadas nas mobilizações as mentiras que atingem diretamente as categorias de trabalhadores, tais como as reformas da previdência e universitárias. São coordenadas por organizações populares, povos e comunidades tradicionais.


São Paulo
A mobilização em São Paulo (SP) teve inicio ainda pela manhã quando o bispo Luis Flávio Cappio visitou uma ocupação com cerca de 600 famílias, ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ainda no início do dia os metalúrgicos de São José dos Campos fizeram uma hora de paralisação.

Logo mais, a tarde, haverá coletiva de imprensa, às 17h, e ato público, às 19h. Entre os participantes a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), Fábio Comparato e manifestantes ligados aos movimentos sociais.

Ceará
Hoje pela manhã mais de dois mil trabalhadores do setor da construção civil pararam as atividades por cerca de uma hora, em Fortaleza, e ainda houve paralisação em um terminal de ônibus. Segundo informações das coordenações dos atos, o tema central é o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco e junto com ele são colocados outros projetos que estão na mesma linha.



Bahia
No início da manhã, mais de 500 manifestantes ligados às organizações populares, comunidades tradicionais e paróquias dos municípios de Casa Nova, Remanso, Juazeiro, Sobradinho, Bonfim, Pilão arcado e Campo Alegre de Lurdes, na Bahia, além de Petrolina (PE), montaram acampamento em frente à prefeitura de Casa Nova e ocuparam a sede da prefeitura.

O local foi escolhido por conta dos graves conflitos agrários envolvendo posseiros de uma área com cerca de 30 mil hectares e empresários que tentam grilar as terras ocupadas há mais de 100 anos. Os trabalhadores Fundos de Pasto dizem que a mobilização é “pra ver se nós conseguimos voltar para nossa área com segurança e dignidade”, diz Geová Almeida da Silva, 36.

Desde o início do mês de março, mais de 300 famílias enfrentam a ação violenta de seguranças armados e funcionários dos empresários que chegaram a destruir casas, roçados, pastagens de pequenos animais e trabalho com a apicultura. A ocupação não tem prazo para terminar. As atividades, no estado, tiveram início ontem com uma caminhada e panfletagem pelas ruas do município de Guanambi. Durante a tarde estão previstas panfletagens e reuniões em Serra do Ramalho e na região de Barra.

Em Salvador, a concentração acontece, nesse momento, na Praça da Piedade, onde haverá os lançamentos do relatório de Direitos Humanos e do filme “Além do jejum”, no final da tarde acontece um grande ato público.




Minas Gerais
A ponte que liga os município de Pirapora e Buritizeiro, em Minas Gerais, também foi fechada por manifestantes. A interdição durou cerca de três horas, com pelo menos 400 pessoas de Belo Horizonte, Montes Claros, Três Marias, Buritizeiro, Pirapora e Jequitaí. Em seguida houve uma passeata pelas ruas da cidade e durante a tarde acontece uma reunião na praça para troca de experiências, inclusive com uma brigada que luta por moradia na capital mineira.

Em Belo Horizonte as atividades acontecem durante a tarde na Praça Sete, onde está prevista a realização de um ato público.



Pernambuco
Em Recife o ato envolve professores universitários, trabalhadores dos correios – que entraram em greve hoje, anistiados políticos e os movimentos sociais. Eles se reúnem a partir das 15h na Praça Maciel Pinheiro.

Maranhão
Na capital maranhense a mobilização acontece no período da tarde, na Praça Deodoro.




Sergipe/Alagoas
Durante pouco mais de duas horas, centenas de manifestantes interditaram a ponte que liga os municípios de Propriá (SE) e Pôrto Real do Colégio (AL), no baixo São Francisco. Ligados à organizações populares e comunidades tradicionais dos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia, foram recebidos pela Polícia Federal, que tentou conter a ação, mesmo assim chegou a se formar um engarrafamento com mais de 10 quilômetros.

Contatos
Salvador (BA) – Zoraide Vilasboas (Comunicação): (71) 99984503
Salvador (BA) – Raquel Salam (Comunicação): (71) 91416293
São Paulo (SP) – André Luis Valuche: (11) 31077984/ 84192696
Recife (PE) – Rafael: (81) 87418238
Belo Horizonte (MG) – Frei Gilvander: (31) 91627970
São Luis (MA) – Uélbson (98) 88415243
Alto São Francisco (Pirapora) – Alexandre Gonçalves: (38) 91933693
Médio São Francisco (Guanambi e outras) – Samuel Britto (77) 91363080
Submédio São Francisco (Casa Nova) – Cícero Félix: (74) 91984001
Submédio São Francisco (Casa Nova) – Marina Braga: (74) 91358689
Submédio São Francisco (Casa Nova) – Maria Oberhofer: (74) 91156977
Baixo São Francisco (Própria) – Alzení Thomaz: (75) 91361022

Comunicação – Clarice Maia: (71) 92369841