segunda-feira, novembro 26, 2007
Bispo pede o arquivamento do projeto de transposição e anuncia novo ato
Coletiva de Imprensa
Bispo pede o arquivamento do projeto de transposição e anuncia novo ato
O bispo da diocese de Barra (BA), Dom Frei Luiz Flávio Cappio, envia carta ao presidente Lula, pede o arquivamento imediato do projeto de transposição e anuncia nova ação em defesa do rio São Francisco. O documento será distribuído em coletiva de imprensa, amanhã , terça-feira, dia 27 de novembro, no Centro Cultural de Brasília (601 Norte), às 11h, por Dom Tomáz Balduíno e Roberto Malvezzi, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Passados pouco mais de dois anos da chamada greve de fome, que durou 11 dias, em Cabrobó (PE), Dom Luiz pede o cumprimento de acordos firmados. Entre os argumentos o compromisso de “suspender o projeto de transposição e iniciar um amplo diálogo governo e sociedade civil brasileira” em que a resposta fora “o início da obra de transposição pelo exército”.
Com tom de desabafo, fala ao presidente que este teria enganado “a mim e toda a sociedade brasileira”.
Serviço:
Entrevista Coletiva
Local: Centro Cultural de Brasília (601 Norte)
Hora: 11h
Presenças:
Roberto Malvezzi (CPT)
Dom Tomáz Balduíno (Conselheiro da CPT)
Contatos:
Clarice Maia –Articulação São Francisco Vivo: (71) 92369841
Cida Lima – Cáritas Brasileira (61) 3214 5420 (61) 8134 8849
Renina Valeja – Cáritas Brasileira (61) 3214 5420 (61) 8134 9453
quinta-feira, novembro 22, 2007
Rio São Francisco Pede Socorro
Precisa entrar na pauta do Seminário da ALMG, com vitalidade, as seguintes questões:
a) A insana e faraônica Transposição do rio São Francisco;
b) A Contaminação do Rio das Velhas e do Velho Chico;
c) A mortandade de peixes causada pela CEMIG (40 toneladas só em 2007) e Votorantin/Companhia Mineira de Metais (mais de 200 toneladas nos últimos 3 anos);
d) As causas mais profundas da seca nas regiões Norte, Noroeste e Vale do Jequitinhonha (8 meses sem chuva, com mais de 120 mil cabeças de gado já mortos só na região Norte de Minas);
e) A barragem de Sobradinho apresenta apenas 17% da sua capacidade de armazenamento.
1) Arquivamento do projeto de transposição do São Francisco, pois é insano, faraônico, um grande crime ambiental e social, a sofisticação da indústria da seca, início do hidronegócio;
2) Uma postura transparente, decidida e firme do Governo Aécio Neves para contestar o projeto de transposição. Não basta uma postura tímida!
3) Uma revitalização de verdade, com terra, água limpa, peixes, rios correndo. Uma revitalização popular, com o povo da bacia definindo os rumos desse processo. Defendemos Rio e Povo Vivos. Isso passa por Reforma Agrária, agricultura familiar, assentamento das comunidades quilombolas, prioridade absoluta para a preservação ambiental, freio no processo de monocultura do eucalipto, seriedade nos licenciamentos ambientais, investimentos pesados em saneamento e tratamento de esgoto, reforço dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental.
4) Queremos a implantação das iniciativas da ASA – Associação do Semi-Árido – (1 milhão de cisternas e mais a implementação de 140 tecnologias alternativas e sustentáveis ambientalmente já testadas com sucesso no semi-árido) e das obras do Atlas de Abastecimento Urbano da ANA – Agência Nacional de Água – (530 obras pequenas e médias para resolver o problema do abastecimento urbano para 34 milhões de pessoas de 12 estados, em 1.150 municípios).
5) Queremos a abertura de negociação do Governo do Estado de Minas com as Colônias de pescadores e vazanteiros frente à poluição do Rio das Velhas e Velho Chico e outras pautas.
Articulação Popular em Defesa do Rio São Francisco!
Comissão Pastoral da Terra – CPT/MG
Colônias de Pescadores da Bacia do São Francisco em Minas Gerais.
Alexandre, cel. 038 9193 3693;
Giza, cel. 031 9997 8798;
Frei Gilvander Moreira, tel. 031 3221 3055 ou cel. 031 9162 7970.
terça-feira, novembro 20, 2007
Administrador Renuncia, mas, índios permanecem acampados na FUNAI
No dia de ontem, a presidência da FUNAI Nacional enviou fax aos índios informando que João Valadares havia feito a solicitação de exoneração do cargo. Na noite de ontem em assembléia, os índios decidiram de continuar ocupando o prédio até que o presidente nacional assine e oficialize a exoneração do mesmo.
Segundo a liderança indígena, João Batista do Povo Pankararé disse: “ele vai fazer muitas manobras pra botar gente dele aqui, mas, nós não vamos aceitar, queremos alguém neutro que nem seja daqui nem de Recife, pois a gente não confia”.
As lideranças indígenas estão em reunião com o Ministério Publico Federal em Paulo Afonso para pedir agilidade na sindicância solicitada nesta Administração Executiva Regional.
segunda-feira, novembro 19, 2007
Povos Indígenas Ocupam FUNAI e pedem exoneração de Administrador
O Povo Kiriri de Banzaê- BA, os Kaimbê em Euclides da Cunha, além, do Povo Tupã – Paulo Afonso, Tuxá, Kantaruré, entre outras, denunciaram ao Ministério Publico Federal e a Presidência Nacional da FUNAI em Brasília, dos problemas relacionados a falta de transparência dos recursos públicos destinados para esses territórios e a forma violenta como o administrador vem tratando os índios a quase dez anos, demonstra desviou de verbas e abuso de poder, evidenciando improbidade administrativa.
Segundo, Marcelo de Jesus – vice-cacique da Aldeia Kiriri, recebeu documentos da FUNAI Nacional em Brasília que comprova recebimento de recursos para custeio e assistência técnica para a produção e nunca esses recursos foram repassados para as aldeias. Reclamam também, que já teve índios presos e espancados, por causa do abuso de poder de funcionários da FUNAI com a conivência de João Valadares. “Um índio kiriri teve sua costela quebrada e outro foi preso porque estava embriagado, mesmo assim, não se pode tratar os índios como cão sem dono”. Disse o vice-cacique.
Os povos indígenas só querem sair do prédio depois de uma posição da presidência da FUNAI. “Queremos um novo administrador neutro, de outro lugar que atenda nossas necessidades e demandas, pois os funcionários daqui são todos viciados. Agente só quer transparência dos recursos e respeito para com nosso povo” disse o cacique da Aldeia Kaimbê, Flávio Dias.
O Administrador João Valadares, exerce o cargo a quase dez anos e disse que irá entrar com pedido de reintegração de posse. Por outro lado os índios disseram que só sairão depois da exoneração do mesmo.
Flavio Dias – Cacique do Povo Kaimbê – 75. 9998 0717
Marcelo de Jesus – Vice-Cacique do Povo – 75. 8111 7740
terça-feira, novembro 13, 2007
MOVIMENTO DOS PEQUENOS AGRICULTORES – MPA – AL
A escola estadual é uma seqüência das escolas de formação que o Movimento vem Realizando nos municípios alagoanos. Durante a escola ouve vários momentos de afirmação da identidade cultural e dos valores do povo camponês. Um destes momentos foi a Jornada Socialista onde resgatamos a história dos lutadores e lutadoras do povo como: Margarida Alves, Zumbim dos Palmares, Maninha Xukurú Kariri, Frei Tito, Paulo Freire, e Ernesto Che Guevara; para nós estas pessoas servem de inspiração e estímulo para continuarmos na Luta diária.
O Plano camponês nos possibilitou uma discursão maior do modelo de agricultura que queremos, baseado na agro-ecologia e na produção de comida para nos alimentar e alimentar as populações que passam fome. Também reafirmamos a nossa luta contra o agro-negócio e o capitalismo no Brasil.
A Transposição do Rio São Francisco para nós, se configura como mais um dos grandes projetos do capitalismo para o povo do Nordeste e por isso continuaremos a luta. Os militantes assumiram o compromisso de continuar o trabalho de esclarecimento e discursão com o povo alagoano e de toda a sociedade sobre o que é o projeto de transposição e a construção do projeto de revitalização e convivência com o semi-árido que queremos.
Quem somos? Camponeses! O queremos? Terra, trabalho e justiça!